domingo, 27 de junho de 2010

''Aqui fala o vampiro Lestat''

     Terminei de ler "A rainha dos condenados", terceiro volume das Crônicas Vampirescas de Anne Rice. Um excelente livro, com uma ótima narrativa e uma ótima história. Apesar das 586 páginas, o livro não é nem um pouco maçante e os narradores conseguem te envolver do princípio ao fim. Agora pretendo começar a ler "O Vampiro Armand", sexto volume da série. E pq o sexto? Porque já li o quarto e quinto volumes ("A história do ladrão de corpos" e "Memnoch").
     Como não poderia deixar de escrever algo sobre o Lestat num post, fica aqui partes do trecho introdutório de "A história do ladrão de corpos". Espero que gostem e que isso estimule a curiosidade e a vontade de ler em todos.

          "Aqui fala o vampiro Lestat. Tenho uma história para vocês. Sobre uma coisa que aconteceu comigo.
      Começa em Miami, no ano de 1990, e é aí mesmo que quero começar. Mas é importante contar os sonhos que eu estava tendo antes dessa época (...)
     (...) E eu estava num estado de espírito horroroso quando esses sonhos começaram, um vampiro errante, vagando pela Terra, às vezes tão empoeirado que ninguém dava pela minha presença. De que adiantava o belo cabelo louro, os penetrantes olhos azuis, a roupa extremamente elegante, um sorriso irresistível e um corpo benfeito, com um metro e oitenta de altura que, a despeito dos seus duzentos anos de vida, parece o de um mortal de vinte anos? Na verdade eu era ainda um homem da idade da razão, um filho do século XVIII no qual eu havia realmente vivido, antes de Nascer para as Trevas.
     Mas no final da década de 1980 eu era muito diferente do vampiro imaturo de antes (...)
      (...) Estava transformado numa espécie de deus das trevas, graças ao sofrimento e ao triunfo e a um excesso de sangue dos nossos antepassados vampiros. Possuía poderes que me deixavam atônito e às vezes me assustavam. Poderes que me faziam sentir arrependimento, embora nem sempre pudesse explicar por quê.
     Por exemplo. Eu podia me mover no ar, bem no alto, viajar grandes distâncias nos ventos da noite, com a facilidade de um espírito. Podia criar ou destruir a matéria com a força da mente. Podia atear fogo a qualquer coisa apenas com minha vontade. Podia também chamar outros imortais em países e continentes distantes com minha voz paranormal e lia facilmente as mentes dos vampiros e dos mortais.
     Nada mau, vocês devem estar pensando. Eu odiava isso. Sem dúvida porque lamentava a perda dos meus antigos eus - o garoto mortal, o espectro recém-nascido, disposto a ser bom na arte de ser mau, se fosse esse o seu destino.
     (...) Leiam esta história e eu lhes darei tudo o que precisam saber sobre nós, à medida que forem virando as páginas. A propósito, acontecem muitas coisas! Sou um homem de ação como já disse - o James Bond dos vampiros, se quiserem - chamado de príncipe moleque, criatura danada e "o monstro" por vários outros imortais de todas as partes do mundo. (...)"
           "A história do ladrão de corpos" - volume 4 das Crônicas Vampirecas - Anne Rice.

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